2020-01-27

Agricultores dos campos de S. Facundo/Vale de Ança reclamam emparcelamento agrícola urgente

 

Cerca de 4 dezenas de agricultores reunidos ontem em S. João do Campo - Coimbra, numa reunião promovida pela ADACO - Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, com o apoio da CNA - Confederação Nacional da Agricultura, reclamaram do Governo a realização do emparcelamento agrícola nos campos de São Facundo /Vale  de Ançã.

Desde há mais de 30 anos que os  agricultores desta região, que engloba terrenos nas freguesias de S.João do Campo, Ançã e Antuzede, travam uma justíssima luta pela conclusão da obra hidroagrícola com vista à implementação do emparcelamento agrícola.

Esta área  de 173 ha, designada de Bloco 17-A  como obra a emparcelar pelo Ministério da Agricultura, tem tido adiamentos consecutivos por parte dos sucessivos Governos, que muito tem prejudicado a qualidade e aumento de produção das suas culturas agrícolas.

Em Abril de 2007 o Ministério da Agricultura encomendou um estudo de impacto ambiental  a uma empresa de consultores de engenharia do ambiente, abrangendo esta a e outras áreas a emparcelar, no sentido de  avançar com o projecto de emparcelamento.

Dados de 2017 da DGADR – Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimeno Rural - Organismo  Nacional responsável das Obras Hidro-Agrícolas, incluindo o Emparcelamento Agrícola, inserem esta área como uma região a emparcelar.

O que é certo é que até hoje nada foi concretizado, o que muito tem prejudicado os agricultores e a agricultura desta zona.

Neste momento, dos 12.337 equacionados para se fazer o emparcelamento agrícola em todo o Baixo-Mondego, apenas cerca de 7.300 estão concluídos principalmente no Vale Principal; há cerca de 5.000 ha  nos Vales Secundários de Foja, Pranto, Arunca, Ega, Lares e São Facundo que continuam á espera.

Os agricultores presentes criaram uma Comissão de Agricultores com 9 elementos, que irão com o apoio da ADACO, junto dos organismos responsáveis reclamar:

1. A concretização urgente das Obras Hidroagrícolas nos campos de S.Facundo/Vale  de Ançã.

2. A fixação de um calendário que envolva a totalidade das obras necessárias, e que preveja a sua conclusão, no prazo de cinco anos;

3. A dotação através de financiamento público das verbas adequadas às necessidades da conclusão da Obra.

A verba de 30 milhões aprovada recentemente em Conselho de Ministros, para manutenção e realização de obras de emparcelamento agrícola no Baixo – Mondego, é uma verba insignificante, face aos valores necessários para que toda a região do Baixo-Mondego seja contemplada com o Emparcelamento Agrícola.