2020-02-05
A “invasão voadora” do território nacional pela Vespa velutina entrou pelo Norte de Portugal, onde foram confirmados ninhos em 2011. Hoje, há já referências à existência de ninhos desta vespa em diversas regiões do País.
Os prejuízos materiais que provocam aos Apicultores são elevados, na medida em que alguns, no último ano e meio, perderam grandes quantidades de enxames devido aos sucessivos ataques.
A destruição de ninhos de V. velutina, embora seja um método útil e necessário, não tem sido suficiente para controlar esta espécie e evitar a sua propagação, ou seja, não basta manter o “Plano de Acção para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal”. Ao mesmo tempo, deve ser revista, e regionalizada, a actual composição da “CVV – Comissão de Acompanhamento para a Vigilância, Prevenção e Controlo da Vespa Velutina” criada em 2017.
Neste preocupante contexto, a CNA defende que o essencial da acção de prevenção e controlo desta espécie deve regressar ao ICNF, ao Ministério da Agricultura e ao Governo, os quais dispõem dos meios públicos – técnicos, humanos e financeiros – indispensáveis a atribuir a esta tarefa estratégica da prevenção, combate e controlo da V. velutina.
A CNA defende, também, que devem ser testados métodos de eliminação de vespas, larvas e ninhos, que não contaminem outros insectos, animais ou plantas. É, igualmente, importante dar formação específica aos Apicultores e às populações, para a utilização mais acautelada e eficaz de armadilhas artesanais.
A invasão da V. velutina é, simultaneamente, um problema grave para a Apicultura mas também é um problema grave para a saúde e segurança públicas. É um problema que pode vir a ser fatal para as culturas e espécies vegetais que dependem da polinização, processo em que as abelhas produtoras de mel desempenham um papel insubstituível.
Em última análise, controlar a ameaça da V. velutina é defender a Vida! É um assunto vital e assim deve ser encarado pelo Governo e pelos outros Órgãos de Soberania.