2020-10-23

ADACO reclama ajudas para produtores de milho do Baixo Mondego afectados pelo mau tempo


Uma delegação da Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) foi recebida em audiência na delegação de Coimbra da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), pelo subdirector regional e pelo chefe da delegação, para dar conta dos prejuízos provocados pelo mau tempo na produção de milho do Baixo Mondego.

O mau tempo ocorrido entre os dias 18 e 20 de Setembro, com rajadas de vento forte, provocou prejuízos de cerca de 400 mil euros a várias dezenas de produtores numa área superior a 200 hectares de milho de grão e silagem.

A situação é tão mais grave na medida em que os seguros não pagam os danos, porque requerem que numa exploração agrícola haja um prejuízo no mínimo de 30% da área e que os ventos tenham uma velocidade mínima de 70 Km/hora.

Neste segundo critério acresce a dificuldade de na maioria das vezes os agricultores afectados só se aperceberem do prejuízo vários dias depois, sendo difícil quantificar o dia certo da ocorrência quando os temporais duram mais que um dia.

Perante esta situação, a ADACO reclama que o Governo tome medidas no sentido de apoiar financeiramente os agricultores afectados e que o Ministério da Agricultura crie condições para que as seguradoras paguem os prejuízos nas culturas cobertas, e não apenas a partir de 30% de prejuízos na área segurada, e que paguem os prejuízos sofridos e cobertos nos seguros, sem que tenha que se ter em conta a velocidade do vento.

Ainda sobre a situação no Baixo Mondego, a ADACO reclamou o avanço imediato do processo de emparcelamento, rega e drenagem no Bloco 17-A Campos de S. Facundo/Ançã (cerca de 170ha), o único por emparcelar entre Coimbra e Montemor-o-Velho.

A ADACO lembra que o Director Regional de Agricultura do Centro, em reunião realizada em Fevereiro deste ano, informou que o emparcelamento no Bloco 17-A só seria possível através de fundos do próximo Quadro Comunitário, mas para a associação existem actualmente muitas verbas no Programa de Desenvolvimento Rural 2020 e o actual quadro comunitário de apoio irá ser prolongado pelo menos até 2022.

No encontro, a delegação da ADACO, composta pelo coordenador da associação Isménio de Oliveira, e por Isaías Simões, da Direcção, entregou uma exposição com a descrição dos problemas e as respectivas reclamações. Os responsáveis da DRAPC comprometeram-se a fazer eco das propostas junto da Ministra da Agricultura, ficando agendada uma resposta para mais tarde.

Exposição da ADACO