2020-10-07

ADACO precocupada com agricultores da região devido aos estragos no milho e a obras de Reposição das Estruturas no Mondego insuficientes

 

Comunicado Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO)

Cultura do Milho afectada; Reposição de Estrutura Danificada pelas Cheias insuficiente; Areia - APA Regional não rectifica erros cometidos

Milho

Devido ao mau tempo ocorrido em Setembro (dias 18,19 e 20), há prejuízos em mais de 100 hectares de milho de grão e silagem no Baixo Mondego, envolvendo dezenas de proprietários.

O mau tempo acrescido de rajadas de vento fortes, originaram a queda de milho que não pode ser recuperado.

Os seguros não pagam, porque numa exploração agrícola tem de haver um prejuízo no mínimo de 30% da área, além dos ventos terem de ter uma velocidade mínima de 70 km/hora.

Na maioria das vezes os agricultores afectados só se apercebem do prejuízo vários dias depois, sendo difícil quantificar o dia certo, quando os temporais duram mais que um dia, e caso as companhias de seguro ao analisarem a velocidade dos ventos verificarem que a velocidade é inferior a 70 km/hora, não pagam.

O prejuízo na área afectada rondará os 300.000€. Devia ser possível fazer seguros individuais ou colectivos, em que os prejuízos deviam ser pagos no valor total afectado a partir de 1€ de prejuízos.

O Governo tem de tomar medidas no sentido de apoiar estes agricultores afectados. A ADACO irá solicitar uma reunião com carácter de urgência à Direcção Regional de Agricultura do Centro.

 

Obras de Reposição das Estruturas danificadas pelas Cheias de Dezembro de 2019

No leito Periférico Direito do Rio Mondego junto a Montemor-o-Velho, as obras feitas são insuficientes pois têm um nível de terra inferior ao que estava antes de o dique rebentar.

Da forma que está a estrutura, quando vierem os temporais, corre-se mais uma vez o risco de desmoronamento da estrutura neste local.

Enquanto é tempo, é urgente que seja reposta a estrutura, no mínimo como estava antes, sendo certo que o exigido é que fique mais resistente.

 

Retirada de Areia

Por outro lado, a APA aquando das cheias em finais de 2019, ao tirar toneladas de areia do Rio Mondego a montante da Ponte de S. Clara, depositando-as  depois a jusante desta mesma ponte entre Coimbra e Montemor-o-Velho, originou que nestas zonas o rio ficasse com pouca capacidade de armazenamento de água, o que contribuiu em muito para que as cheias atingissem a dimensão que tiveram, causando os imensos prejuízos que conhecemos  na agricultura e infraestruturas .

Continua tudo na mesma e essa quantidade imensa de areia não foi retirada pela APA, onde a mandou depositar, ou seja, estão criadas as condições para que quando começar a chover abundantemente, tenhamos novas cheias e milhares de euros em prejuízos.

 

A ADACO irá solicitar uma audiência à APA – Agência Portuguesa do Ambiente (Delegação de Coimbra).

Esperamos que desta vez a APA Regional ouça os agricultores, pois a reuniões pedidas antes por outros problemas, nem sequer se dignou responder aos pedidos.

 

Coimbra, 2 de Outubro de 2020

COMUNICADO ADACO