2020-06-01
A Associação Distrital dos Agricultores de Castelo Branco (ADACB) dirigiu uma carta aberta ao Director Regional da Agricultura da Região Centro no seguimento do mau tempo que fustigou a região no dia 31 de Maio, deixando um rasto de destruição em diversas culturas.
Vento, chuva e granizo intensos dizimaram as culturas de Primavera/Verão deste ano, nomeadamente os pomares (cereja, pêssego, pereira, maceira, ameixeira, damasqueiro, figueiras…) olival, vinha, milho, sorgo e hortas, e também as culturas de Outono/Inverno, como aveia, azevém, trigo e feno foram seriamente afectadas.
Uma tempestade, como não há memória nesta época do ano, fustigou a região, refere a ADACB no documento, acrescentando que a violência do temporal foi tão grande que com a destruição dos ramos do ano os pomares, olival e vinha serão afectados na produção do próximo ano.
Na carta aberta, a ADACB salienta que “é necessário que o Ministério da Agricultura avalie a situação e que seja declarado estado de calamidade pública para a adopção de medidas urgentes que ajudem os agricultores nesta tragédia” e apela “ao bom senso das Entidades competentes”.
A filiada da CNA defende que o Governo deve alocar verbas adequadas às necessidades da situação e criar uma linha de crédito a longo prazo sem juros e apoios a fundo perdido aos agricultores afectados.
“Mais uma vez defendemos que o actual sistema de seguros agrícolas não está adequado à nossa realidade, porque tem prémios caros e uma cobertura de risco desadequada, pelo que são poucos os agricultores que aderiram a este sistema”, acrescenta a ADACB.
Leia aqui a Carta Aberta da ADACB