2020-04-20
COMUNICADO ADACO
Mercados e Feiras de produtos agrícolas têm que reabrir
A ADACO enviou uma exposição ao Presidente e Secretário Geral da CIM – Região de Coimbra, congratulando-se com a iniciativa da 1ª Feira Digital de Queijos DOP – Região de Coimbra, importante e meritória para os pequenos e médios produtores agrícolas, mas que pecou por ser só limitada ao queijos da Serra da Estrela e ao queijo do Rabaçal.
Ficaram de fora produtos DOP da nossa Região tais como Mel da Serra da Lousã e outros tipos de mel.
Também Borrego Serra da Estrela e o Requeijão Serra da Estrela, que no distrito de Coimbra abrangem os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua, ficaram de fora.
É importante alargar esta feira aos produtos acima citados, ou então promover outras feiras no mesmo estilo, diferenciadas, para as quais a ADACO estará disponível para contribuir para a dinamização destas iniciativas.
Mas lamentavelmente outras entidades que poderiam dar o seu contributo para que a produção dos pequenos e médios agricultores pudessem ser escoada nestes momentos tão difícieis, com os menores custos possíveis para os produtores e os consumidores, não o fazem.
Os CTT cobram 3, 99 euros por quilo de Queijo a levarem a casa de cada comprador e que a plataforma/loja "online", âmbito DOTT - afinal é uma "parceria" entre a SONAE e os CTT - cobra 3% por quilo ao produtor.
Ou seja, os serviços cobrados pela plataforma informática e pelos CTT fazem acrescer, para o comprador, em quase 4,5 euros - mais de 25% - o custo por quilo do Queijo Serra da Estrela, tendo em conta o preço real ao produtor (cerca de 18 euros/Kg e já com IVA a 6%).
Ou seja ainda, este "negócio" da "Feira do Queijo DOP" interessa muito aos CTT e também à plataforma "online"...
A ADACO entende que a CIM da Região de Coimbra deve pressionar os CTT, para cobrarem metade da tarifa, do que estão a cobrar actualmente.
Dessa forma, os consumidores comprariam muitos mais produtos e não eram tão “explorados” .
ESTAS INICIATIVAS NÃO SUBSTITUEM A (RE)ABERTURA DOS MERCADOS E FEIRAS TRADICIONAIS
De facto, e apesar de meritórias à partida, estas iniciativas das vendas online de bens agro - alimentares, não substituem a (re)abertura das Feiras e dos Mercados Tradicionais.
Nesse sentido na exposição enviada, apelou-se à intervenção da CIM – Região de Coimbra neste processo, fazendo as diligências que lhe forem possíveis, para que essa reabertura seja uma realidade, observando-se, como é óbvio, alguns cuidados extra, sanitários e preventivos.
Apelamos também publicamente às Autarquias para que intervenham, no sentido da concretização desta medida necessária.
Coimbra, 18 de Abril de 2020