2021-05-17

Marcha lenta em Évora em defesa da Agricultura Familiar

As organizações filiadas da CNA no Alentejo promoveram no sábado, 15 de Maio, com o apoio da Confederação e de outros parceiros, uma marcha lenta em defesa das culturas tradicionais, da Agricultura Familiar e do Mundo Rural.

Esta marcha lenta, que juntou uma coluna de viaturas que percorreram diferentes localidades dos três distritos do Alentejo, convergindo para Évora, teve como objectivo primordial sensibilizar os poderes públicos para a situação originada pelas culturas super-intensivas que têm vindo a alastrar-se pelos campos alentejanos, pondo em causa a sustentabilidade destes territórios no futuro, como tem vindo a ser, aliás, constatado por muitos sectores da sociedade.

Congregando consumidores e demais interessados na defesa do mundo rural, da agricultura familiar e da sustentabilidade destes territórios, a marcha elencou necessidades de controlo de plantação de novas culturas super-intensivas e sua fiscalização adequada, acesso à exploração da terra por novos e jovens agricultores, o povoamento do interior, a reestruturação da posse e uso da terra ao serviço de uma estratégia alimentar de proximidade em defesa da Soberania Alimentar do país.

"Queremos perservar as zonas regadas permitindo que muito mais gente se possa fixar e montar explorações. Nova gente e gente nova!" afirma o dirigente da CNA Joaquim Manuel.

As organizações tinham agendada a entrega de um documento ao Director Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) do Alentejo com uma síntese das preocupações, reclamações e reivindicações dos agricultores, contudo, com aviso de última hora, o responsável informou não poder receber a delegação nesse dia.

O documento (ler aqui) foi esta segunda-feira enviado para a DRAP Alentejo e para os Grupos Parlamentares com assento na Assembleia da República.